terça-feira, 17 de julho de 2012

Um 'date' que não era pra ser um 'date'

Semana passada eu tive um suposto não oficial 'date' (encontro).
Mas uma vez pra explicar como isso aconteceu, terei que voltar um pouco no tempo e contar como tudo começou.
Estava eu um dia, procurando alguma coisa pra fazer na minha sexta-feira off, dessa vida sofrida de Au Pair caipira sem carro, quando eu resolvo postar no CouchSurfing (definitivamente esse site, faz parte da minha vida agora), se alguem da região estava afim de ir tomar umas cervejas, no único bar que eu poderia ir a pé.
Só um ser vivo levantou a mão, Luther. Ai eu disse, demorô, vamos só nós dois mesmo.
O bar é o Spinnerstown Hotel que eu já conhecia. Ficamos lá degustando umas cervejas diferentes, comendo Tacos e conversando.
Resumindo: Luther nasceu no Egito, mas vive aqui no EUA desde de pequeno, a família toda mora aqui, ele trabalha com venda de celulares, fez faculdade de sei lá o que (acho que é TI), é nerd mas gosta de praticar esportes e gosta de sair pra dançar, segundo ele, quando ele está dançando todo mundo para pra ver (tipo, isso me assustou muuuuito, fiquei pensando, que raio esse menino faz??). Contei toda dramática a minha história, que eu não tenho como sair muito, pois não tenho carro apesar da família ter me prometido um...e blá, blá, blá.
Ok, depois do bar, ficamos trocando SMS por um tempo, mas nada de muito importante. Tipo, como foi o seu dia? Como foi o seu final de semana?? Essa coisas assim.
Eis que semana passada ele me manda SMS dizendo que está de férias e perguntando se eu queria ir no cinema. Como eu tinha a metade da Sexta-feira off e eu já iria pro cinema de qualquer jeito (minha rotina aqui é ir ao cinema by myself), disse: Blz vamos lá, mas depois você vai ter que me deixar em casa (tipo eu moro longe de tudo, (não mudou nada da minha vida de São Paulo nesse quesito)). Ele disse: Blz.
Coloquei meu vestido de americana periguete (perae preciso explicar isso)...
Aqui no EUA é o seguinte, eles ficam com frescura no furex por conta dos biquinis brasileiros, falando que é muito pequeno e tal, mas as meninas, no verão, andam com shorts mostrando a polpa da bunda, tipo, todo mundo anda assim.
Continuando... Então o vestido é justinho, compre em NY, e não tinha usado ainda, e como eu acordei naquele dia me sentindo magra, resolvi colocar. Ele não é tão curto, mas por conta do meu 'pequeno' popô, o vestido dá uma leve subida. Ok, por que raios estou falando da minha roupa? Você verá....
Chego no cinema, com minha pontualidade britanica, e o menino está atrasado... Chega em cima do horário do filme, mas ainda conseguimos assistir os trailers. (quer me deixar brava, é me fazer perder os trailers). Assistimos o filme do Spider Man.
Depois do filme, eu pergunto, e ae vamos beber ou comer alguma coisa, alguma sugestão de lugar? Ele ficou lá conversando com o Iphone dele, (gente, esse Iphone, que você pergunta e ele responde, é muito século 21 *-*) pra vê se encontrava algum lugar pra ir. Ai ele estacionou no Mini Golf.

O Mini Golf

Eu nunca joguei golf na minha vida, quando ele parou lá, eu perguntei, será que não vai ser chato?? Não foi!! É muito legal, tipo, eu não sei jogar nada, mas foi bem divertido e descontraido, só não pelo fato de que jogar Mini Golf com um Mini Vestido não é muito bom, nada confortável, (por isso que descrevi minha roupa lá em cima). Quer jogar golf, pls, use shorts.

Após o Mini golf, ele disse que estava com fome e podiamos procurar um lugar pra comer e dançar. Ai começou a bater o panico da história da dança, pensando, santo deus como será que esse menino dança.
Ele me vem com, 'Ah preciso ir em casa trocar meus sapatos, ok?' Eu pensei, sei... conheço esse papo... E disse, 'Ok, sem problemas'.

Na casa dele

Ele perguntou se eu queria alguma coisa, eu disse 'Água' e ele me trás água e um saco gigante de amendoim. Ok fui comendo os amendoins e vendo as fotos dele nas piramides do Egito (bem legal, né?!). Ai ele me aparece um pepino e uma cenoura, tipo, cru, na casca e começa a comer á dentadas, esse foi o snack dele. Pensei: Pessoa saudável e estranha.

Da casa dele, fomos para uma baladinha chamada Pig Pem. Baladinha simpatica, com pessoas simpaticas, boa comida, só que estava meio baradinha, e eu tinha que voltar cedo, pois minha vida de Cinderela Au Pair não poderia durar até depois da meia noite.
Quando a gente estava saindo da balada, rolou uma mão na minha cintura (até aquele momento não tinha rolado absolutamente nenhum tipo de contato fisico). Mas não se anime, a mão na cintura foi bem rapida e foi só isso mesmo. Gente, americano (ou quase americano) é mole de mais, dá até dó.

Enfim, ele me levou até em casa e nem tentou um único beijo de despedida nem nada (aff), mas isso foi bom, porque apesar dele ser uma pessoa muuuito legal e gente boa, eu não senti nenhum tipo de atração  por ele. Vai ver ele não sentiu por mim também.
Espero que fique só na amizade mesmo...

Ah! hoje ele mandou um SMS, falando que na proxima vez que sairmos ele vai me mostrar o primeiro filme do Senhor dos Anéis. Explicação: Lá no bar, na primeira vez, não me lembro porque mas eu disse que nunca tinha assistido esse filme, o que é pura verdade. Ele lembrou disso, quase 1 mês e meio depois. 
Eu disse que tudo bem (na verdade não faço questão nenhuma de assistir esse filme), mas que não daria certeza ainda de quando vai ser, pois preciso ver minha agenda (tipo, a ocupada...)

Ai, espero, que se a gente sair, ele não tente nada, eu não quero ficar com ele,  mas estou numa carencia tão grande de carinho, que sei que acabaria ficando...

Vamos ver no que dá essa história.

domingo, 8 de julho de 2012

1ª Balada no EUA

Sim, galera, acreditem se quiser depois de quase 4 meses na Terra do Tio San, finalmente fui pra balada. E bem á tempo, já estava começando a surtar.
Pois bem, pra poder explicar como fui parar nessa balada, vou ter que contar toda a história desde do começo, já há algum tempo.
Não sei se todos conhecem (mas deveria!) o CouchSurfing. Explicação rapida: Uma organização sem fins lucrativos, que conecta viajantes (qualquer pessoa). Se você vai viajar, pode pedir um 'Couch' (sofá) para pessoas que moram no lugar que você vai, ou se você tiver procurando apenas uma companhia pra baladas, bares, shows e etc e você não paga absolutamente nada por isso. Enfim, tudo de bom pra quem gosta de viajar e que adora conhecer pessoas novas, meu caso.
Pois bem, uma das primeiras coisas que fiz quando cheguei aqui no EUA foi entrar em todas as comunidades do Couchsurfing das cidades proximas da minha town (a minha cidade é tão pequena que nem tem comunidade no CS).
Então minha 'vida ativa' começou mesmo no CS quando a seleção brasileira de futebol resolveu mostrar suas pernas aqui nos States. Primeiro jogo Brasil x EUA (Brasil ganhou \o/) mas o jogo foi no meio da semana e a noite, e minha vida limitada de Au Pair caipira só me possibilitou assistir o jogo pela TV de casa mesmo, com a criançada. Segundo jogo Brasil x México (Brasil perdeu vergonhosamente), eu não assisti esse jogo e não consigo lembrar o porquê (provavelmente estava trabalhando). Terceiro jogo Brasil x Argentina (um classico!!) e em pleno Sabado a tarde (dia de folga), nada mais que perfeito, não? Pois bem, na semana do jogo recebo um e-mail da Susana (Peruana, mas mora aqui em Philly) através do CS, querendo juntar uma galera em um Pub pra assistir o jogo. Eu apreciadora nata de pubs (quem lembra do meu post sobre minha primeira vez em Philadelphia vai saber do que estou falando), pessoas interessantes e futebol com cerveja, não pensei duas vezes, levantei minha mãozinha e dissse: Eu vou!!!
Fui, sabadão de sol estava eu lá no Pub marcado, primeirona a chegar (vai dizer agora que brasileiro não é pontual...) e valeu muito a pena conheci muita gente bacana: A Susana (que fez o convite, e torcedora brasileira, alias ela está louca procurando um marido brasileiro, pra se mudar pro Brasil se alguém tiver interesse... tell me), um cara da Republica Tcheca (torcedor do Brasil), um americano (torcedor Argentino), a Rê (que vai sair de férias comigo pra Bahamas!!! Brazuca, claro) o Alexis da Guatemala (torcedor da Argentina, com direito a camisa e tudo) e re-vi a Camila (que veio no mesmo voo que eu pro EUA). No fim das contas o Brasil perdeu, mas o jogo foi bonito.
Depois do fim do jogo, todo mundo lá tomando a sua cerveja e jogando conversa fora, eis que eu falo: Então...quem gosta de Tequila? É, nada como uma Tequila pra dá uma animada na vida. Pois fomos nós 3 (Alexis, Susana e eu) tomar José Cuervo, Latina américa representando como sempre, né! Foi a primeira Tequila e mais algumas cervejas (a essa altura, já tava os dois falando em espanhol e eu sem entender porra nenhuma, mas curtindo). Desce a segunda dose de Tequila (ai até eu já estava falando espanhol) e mais algumas cervejas. Nisso a Re e a Camila já tinham ido embora. Entre a primeira e a segunda Tequila o Alexis me pediu o telefone da Re, eu realmente não tinha, então disse que falaria com ela e se pá ela passava o número pelo facebook. Depois de mais algumas cervejas e da segunda Tequila ele já estava todo cheio de gracinhas pro meu lado (é gente, homem não vale nada no Brasil, no Eua, na Guatemala ou em qualquer lugar do mundo, mesmo). Então, decidimos ir pra outro bar mais financeiramente acessivel pra todos (não é só Au Pair que é ferrada de grana aqui...). O cara da Republica Tcheca e outro cara que apareceu depois foi para um canto, e a Susana, o Americano, o Alexi e eu fomos tomar mais 'brejas' em outro bar. Todos já bem felizes, mas eu não poderia ficar muito tempo mais, pois meu útimo ônibus pra minha cidade saía as 9 p.m (como eu odeio isso). Mais conversa jogada fora...e... sim...'fiquei' com o cara da Guatemala, por que não, né! Já estava lá, bora viver o momento, mas vou dizer Guatemala tem uma mão bem boba viu, se é que você me entende. Segue foto, pessima qualidade, mais é o único registro que tenho desse último bar...
Pronto, contei a primeira parte. Agora vem a parte da balada.
Depois do dia do jogo, todo mundo trocou contatos pelo facebook e ficamos todos conversando, surgiram outras festas (que não pude ir). Mas eis que até o começo dessa semana que passou, eu não tinha nada planejado pro fim de semana. Então recebo um SMS do Alexis (resumindo a conversa): A: Hey, planos pra esse final de semana? D: Não, você tem? (pergunta mais besta essa minha, pois eu já sabia que ele é baladeiro de todos os dias (serio mesmo! TODOS os dias). A: Vamos no Cuba Libre (um bar Latino, que umas semanas antes teve encontro entre os CS, mas eu não pude ir) novamente, você deveria vir pra Philly. D: Hum... é esse final de semana eu posso ir, mas vou precisar de 'couch' ou uma indicação de hostel, você sabe de alguém? A: Ah! eu posso ser seu host (quando a pessoa te hospeda) sem problemas. D: Ah! Beleza então, eu vou. A: Ok, você planeja chegar que horas? D: Meu ônibus vai chegar ai umas 8 p.m. A: Me passa o endereço que você vai descer do ônibus que eu vou te buscar. D: Ah! jura? Thanks e passei o endereço.
A baladinha seria na Sexta-feira a noite, até lá, mandei convite pra todo mundo que eu sabia, que morava em Philly ou próximo. No final das contas não foi ninguem que eu chamei, só o Leo. Ai você pergunta quem é Leo? Leo é um rapaz que eu conheci no facebook através de outras Au Pairs (pois ele é o anjo da guarda das Au Pairs daqui, sempre que alguma precisa de ajuda ele está lá pra ajudar) e das nossas conversar pelo face descobrimos que ele é da mesma cidade da minha mãe, lá na Terrinha (Bahia). Coincidencia? Não muito, o que não falta é brazucas espalhados pelo mundo.

Comprando bebida em Philly:
Genteee eu me senti como se tivesse indo comprar crack na boca, juro. Chegando em Philly no calor do cão de uns 100º F, o Alexis veio me buscar e eu estava morrendo de sede, e fomos em algum lugar pra comprar cerveja pra tomar em casa. Comprar bebida aqui é assim: Um lugar super pequeno (alguém ai ja vendeu vale refeição em São Paulo? é sempre um lugar super escondido e super sinistro com varios vidros blindados e tal) com um chinês super alto (oi???) e um negão mal encarado. Provavelmente aquele lugar não é legalizado mesmo, pois as leis com relação a venda de bebidas é bem rigorasa aqui. Tudo isso pra comprar uma simples garrafa de cerveja. É no minimo interessante.

 Meu 'couch' vulgo casa do Alexis:
Ele mora no gueto de Philadelphia (eu me senti muito no 'O maluco no pedaço, hehehe), em uma casa que é tipo uma repubica (mora mais 1 rapaz e uma menina). Uma bagunça de estudante, tudo fora do lugar e de qualquer jeito, genteeee eu ADOREI, meu sonho é morar num lugar assim, Freedom!!!! Sem se preocupar com nada e nem com ninguém.
Conheci o rapaz que também mora na casa e um amigo dele (ambos americanos) e apaixonados pelo Brasil (impressionante como todos os homens daqui são loucos pra ir pro Brasil, por que será, né?) Super do bem os meninos, conversamos e demos bastante risadas.
O Leo ia nos encontrar no Cuba Libre, então fomos pra lá. Me senti muito gente grande mostrando minha carteira de motorista americana pra entrar na balada. Amei conhecer o Leo pessoalmente, uma pessoa muito da paz que nos rendeu muitas risadas. Tomamos nossas duas doses de Tequila sagradas, claro, o Alexis me ensinou a dançar salsa (ou algo do tipo) e conheci outros amigos dele, que também são muito gente boa. Sim gente, tocou a musica 'Ai se eu te pego' do Michel Teló, essa porcaria dessa música toca em todo luga aqui!!
Eis que chega as 2 a.m. e ai eu fiquei chocada, a musica para do nada, DJ vai embora e os seguranças começam a expulsar todo mundo (tipo expulsar de verdade), e isso acontece em todas as baladas daqui, é horrivel, quando você começa a se divertir mesmo, você tem que ir embora, é um saco isso. Mas tudo tem uma explicação, aqui na Pennsylvania e em varios outros estados, só é permitido a venda de bebida alcoolica até as 2 a.m. Então como depois desse horário a balada não pode mais vender bebida, eles não vão ganhar mais dinheiro com nada, por isso não tem o porquê de ficar aberta e expulsa todo mundo.
Ok, fomos embora, ficamos rodando, rodando procurando o carro, pois já estamos bem alegre e nenhum dos dois lembrava onde tinha estacionado o carro (ainda bem que o carro é amarelo, facil de visualizar, se não estariamos procurando até agora).
Bem, voltamos pra casa e...bem... não preciso entrar em detalhes nessa parte, né?!
Sabado foi um 'laze day' total, os dois com uma puta de uma preguiça, pois estava uma calor desgraçado de 104ºF com a sensação de 110°F. Fomo almoçar em um restaurante com comida da Guatemala, mas que acabei comendo comida mexicana, pois pelo que me parece todas as comidas da Guatemala tem carne. Tomei Famosa que é uma cerveja da Guatemala, que tem exatamente o mesmo gosto da Itaipava. e bebi uma bebida (que não lembro o nome) mas muito boa, feita de arroz e canela.
Enfim, trocamos muitas idéias e experiencias de trips, ouvi algumas musicas da Guatemala, falei um pouco das musicas brasileiras. Encontramos um amigo que eu conheci no Cuba Libre e tomamos mais cerveja e conversamos e rimos mais um pouco (esse amigo, também sonha em ir pro Brasil, hehehe, no carnaval, claro!)
Bom, voltamos pra casa, pois eu precisava pegar minha bolsa, pra poder pegar o meu ônibus de volta pra minha realidade. Como ainda tinhamos tempo e estamos em casa sozinhos...bem... enfim... Cheguei na estação de ônibus com 5 minutos pro meu último ônibus sair e estou eu aqui, cuidando das minhas kids.

Eis minha história da minha primeira baladinha no EUA!!!